31.1.05

Escrevo para não enloquecer...

Deambulo pela casa, leio, assisto a um filme evitando assim dormir. Já entro pelo madrugada dentro. E Evito Dormir. Penso se voltarei a sonhar com aquela personagem... Quando a esquecerei?
As minhas unhas de verniz negro revelam o meu estado de alma. Este negro reflecte o meu sofrimento de estar longe de algo que me atormenta.
A confusão reina nestes pensamentos embaraçados, tanto pela estranheza, como pelo facto de saber que estou como decidi estar e que não o fiz bem.
Quem sabe? Os acontecimentos tomam lugar por motivos fortes, mas à distância do tempo, tornam-se inacreditáveis...
Não consigo encontrar uma explicação que me acalme o espírito deveras apaixonado. Sei que eu decidi, mas agora pergunto-me: Porquê? Porque é que este sopro move árvores, ágias, ventos e fogo se, quando atinge o que tanto desejara, acalma e monotoniza...será que é um mito?è um mito tudo isto?sou eu que invento um mito e sofro com uma ilusão? Onde estão os meus sonhos quebrados agora pela realidade da vida?
será que és um mito? Não acredito que sou mais uma portuguesa frustrada por não ver um cavalo branco surgir no nevoeiro matinal.
só encontro uma justificação. Eu quebrei imensas regras. traí-me por vezes a mim mesma... E agora que tento corrigir, sofro... uma dor que se acalma, mói e depois torna-se aguda...como agora. Agora que é noite e o frio aperta.
ah lindas tardes....que belas tardes passei eu contigo. Sim, tu, que apesar de te dirigir a palavra estás ausente. Não me respondes. Eu só queria ser tua amiga. Não!!... Eu tua amiga já sou. Queria era que fosses tu meu amigo, numa altura que tanto preciso. Não quero revoltar-me contra ti, mas as circunstâncias assim mandam.
A vida seria mais simples se fossemos autistas... racionais, apenas isso.