18.9.07

Rascunhos

O que para mim são pedras e espinhos, são o silêncio normal de fim de Verão.
É o silêncio de quem não se expressa nos devidos momentos.
Que pensa que um Dado adquirido é um Dado adquirido e não um Dado que rebola para o chão e faz terminar um Jogo.
Esse ruído é ensurdecedor.
Magoa todos os sentidos dispertos pelo fim de Verão. Pelo fim de um tempo de obstáculos, mas de luta.
Magoa cada músculo do órgão culpado pelo Sentir.
Tira-lhes as forças e desacredita tudo em volta.
Mata pelas ferroadas de Veneno seco que injecta.
Como a trovoada nova da vindima.
Esse veneno seco é castrador.
Tira-me a fala, tira-me o bom senso, tira-me a tranquilidade. e a Qualquer, mas a qualquer Momento tira-me o Amor Próprio.
Pedras falantes.
Se não me flagelassem pelo silêncio seriam doces morangos fora de época.
Mas magoam.
Não posso chorar por pedras. Pois elas não choram por mim.

9.9.07

Apaixonada por ti

Como consegues estar ausente?
Como é que me abandonas, agora que te amava?

Ausentas-te, mas deixas marcas, marcas profundas.
Penso em ti em cada Momento,
Penso como era eu Feliz e agora terei que aprender tudo de novo.
Tenho que aprender a amar-me sem ti.
Sem te poder tocar, sem te poder olhar...
Acordar sem ti.
Acordo sem ti e tu não te incomodas,

pois não sentes a minha falta.

Eu é que sou um ser vivo que te ama.
Tu não amas, és pedra sobre pedra.
És descomunal,
Enorme,
Englobas todos os feitios e formas.

Provocas-me. A tua lembrança traz-me revolta.
Um dia voltarás... Terás de voltar.
Nesse dia estarei de novo a pisar o teu chão.
E tu não te recusarás.
Amo-te, Berlin.