8.11.05

Diante de ti


Desejaria caber dentro de mim
Sentir que posso expressar
Expressar o que ando a pensar
E não chegar ao fim
Muito antes de ter principiado
Como desistir de amar
Sem nunca ter amado.

Vejo-te, ó criatura genial,
E penso se tu não és eu,
Com a diferença de que tu não tiveste medo
no passado
E eu ando passada com o medo
De expelir estes pensamentos malucos
E deles serem lidos e ficam mudos.

Giram as ideias e sentimentos pela minha cabeça
Tudo mais sério que uma sentença.

1.9.05

Dias Singullares

Mais um dia de Fobia de gente.
Mais um dia que apetece hibernar,
Sonhar, escrever e Inventar.
Um dia em que todas as vozes incomodam,
Em que os gestos mais doces se tornam agressivos e evasivos.
Dias em que apetece chorar e gritar
Contra a Moral, os Bons Costumes e as Regras.
Dias em que a almofada é a melhor companheira,
Aguentando todas as Lágrimas e Pensamentos.

Há dias em que apetece desaparecer,
Assim como há dias em que apetece brilhar!!!
Dias em que o sol queima sem se fazer sentir,
Dias em que a solidão congela a Multidão.
Dias em que tudo é obrigação,
marcada pela indiferença e arrogância...

Dias em que é preciso pedir permissão para Respirar,
Quando é um acto involuntário e impensado...
Dias... em que te querem pôr a mão em cima e TU não deixas!
Porque Tu és quem manda e nada mais te deve preocupar!
Dias em que lamentas ter, um dia, dado o controle
A outra pessoa...
Pois apenas TU sabes o que queres e por que lutar!

Dias em que a chuva acaricia a janela...
E tu agradeces não ter saído de casa.
Dias em que nem a tua vox obedece.

8.6.05

O Poema da Minha Vida

Cântico Negro

"Vem por aqui" --- dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
--- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
--- Sei que não vou por aí.
José Régio

22.4.05

A Resposta da Antiguidade

Falei com Platão....

Ao ver o seu sorriso
Logo percebi
É um Amor parecido
Que nutro por ti.

Venero teus olhos e marcas!
Rios brotaram dos meus olhos
ao perceber que me faltas
Porém juntos não podemos estar
Para o ódio e guerra não armar.


Por ti anseio
mas ao contigo me imaginar
Logo essa ideia recuso
Ao Amor não vou dar uso
Com medo de o matar.

Ao revelar o meu estado de espírito
Logo Platão me consolou
Nunca tenhas medo
Porque eu aqui estou.

Ah que não me arrependo
Pensarás tu que não me emendo!
Porém emendada estou:
Foi Platão que me acalmou.

13.4.05

Fora de ÁreA

Perdão, o tempo corre contra mim, deseja de mim aquilo que de excessivo pretendo. Continuo a escrever, porém, sem um teclado.
Desculpa.

27.3.05

Um dia destes acordei e vi através da vidraça o céu verde.
Fiquei alegre!!! Há quanto tempo não via o tempo assim?
Era ideal para passear junto do mar. Adoro ver o verde conjugado com o azul! Estar na areia, olhando para o mar, ouvindo o seu sorriso ao unir-se com a areia branca. Lindo. Entretanto, quando folheio o livro distingo vozes murmurando… Não são sereias…. São os meus amigos. Cada um com um sorriso diferente: um com um sorriso Azul, outro com um sorriso Amarelo, outro Verde e ainda um Laranja…Ah, e outro escaldante, o Vermelho! E aí dá-se uma explosão de Alegria, porque verde não quer dizer doente, nem o amarelo de cinismo. Quando todas as cores se juntam, fala-se de festa, de arco-íris e de gargalhadas sonoras. É fácil ser feliz!!!
De súbito ouço um relinchar ao longe… é um cavalo branco que se avista. Está a testar as suas forças, correndo pelo estender das ondas.
Para uma pessoa apaixonada pela vida como eu, talvez seria a alma gémea… ou D. Sebastião! Mas não está nevoeiro e a pessoa certa não vem num cavalo branco… A mim calhou-me um cavalo preto.
A festa continua… Surgem balões de todo o lado! Balões de todas as cores, menos o preto! O Preto também é importante, já se deram conta? Gosto do preto para realçar as outras cores… Assim como as tristezas servem para realçar as alegrias. Nesta vida tenho sido uma felizarda. Mas, como ser pensante e sensível que sou [e por vezes egoísta, admito!], encaminho os meus juízos para situações tristes… E eu tenho 18 anos. Não há tempo para tristezas, há tempo para remoinhos de alegria como são as noites de Lisboa!!! São noites de gargalhadas e piadas entre amigos, noites que se avista o melhor da cidade, iluminado, sem uma gota de Álcool!!!
O céu está a tornar-se cada vez mais verde… e com o anoitecer vejo as estrelas amarelas! Algumas delas são tão brilhantes que me ferem os olhos. Cai-me uma lágrima… E logo Caeiro me avisa para ter CUIDADO, porque posso tropeçar nela.
A lágrima é Azul. E o Céu continua verde… Queres tu pintá-lo de outra cor?

25.3.05

Comentários...(?)

Ah, Ah!
Parece-me que entrei no mundo furioso dos blogs... EHEH!
Gosto principalmente daqueles qe me comentam os erros! Muito bem, ainda por cima, eu, uma aluna de Português... Não devo errar!Nem penses!
E depois, aparecem aqueles que me comentam as minhas tristezas. Concerteza que têm razão! A vida é bonita, mas todos temos momentos de lamentar tudo o que não corre bem... Principalmente quando não te sentes bem!! Mas não, e agora generalizando, os homens são insensíveis! Não, digamos antes concretos, são seres ligados à Terra.
Guerra dos sexos... não, não quero ir por aí...
Só pa dizer que hoje em dia, cada um escreve o que lhe apetece!
Hasta!

24.3.05

Travagens Bruscas...quem as não tem.

Travagens bruscas sinto
Em cada movimento errado
São os meus anjos
Que me põem o cinto
Para manter o meu espírito sossegado.

Travagens bruscas faço
em plena rua
Quando os pensamentos me agridem.
São golpes profundos
Que me deixam a latejar
E quando os sentimentos me sorriem
Travagens bruscas faço
Preciso de averiguar…

Travagens bruscas de saudosista.
Penso, logo existo
Deixando de existir, porque me abstraio.
Mais uma travagem brusca…
Volto ao inicio…
Sinal verde, pode avançar.

Travagens bruscas se fazem sentir
Não nos deixam pensar, obrigam-nos a agir.

22.3.05

Um pouco de mim...

Quem sou eu?
Perguntar-me isto algumas vezes não significa ter dúvidas existenciais, mas fazer um esforço para me recordar do meu trajecto e rumo na vida... Certificar-me de que vou no rumo certo, se aquilo que faço está de acordo com as minhas ideologias...
quem sou eu?
sou um ser flexível que se perde em certas teimosias.
Sou um ser que ama e deseja ser amado.
Eu amo a vida. Pretendo ser amada por Ela também.
Sou um ser cheio de história, história que muitos não entenderiam a longevidade da minha existência. Um mar de energias me rodeiam, sou um ser pensante e introspectivo.
Todos os dias descubro uma coisa nova e no entanto parece que vivo uma vida monótona. Mas não.
Pena que não me entendam. Todos se preocupam apenas consigo. E eu por vezes sofro as dores dos outros. Sofro a tristeza e fico furiosa quando não me deixam sentir a sua alegria. Apenas conta comigo para a tristeza.
E eu vivo, reflectindo.

18.3.05

Obrigada

agradeço-te, amigo, por teres juntado umas quantas palavras esta noite para me chamar à razão. melhorei porque tu dispensaste uns minutos de sono por mim, enquanto eu sofria de um mal que me dava cólicas e fazia gemer de sentir facas a trespassar-me.
digo para quem queira ler que desejo não pensar. desejo não imaginar. desprezo a faculdade de me abstrair. tantos por aí que só conhecem a terra e o mar, os pequenos haveres e funções e são felizes. eu penso e deixo de existir, porque me contorso de dores que não acalmam... até que o raiar do sol nasça pela manhã e eu volte a sentir o material.

16.3.05

poema em construção

Perdida numa floresta húmida e desconhecida
durmo junto a uma árvore protegida.
Escrevo num canto de uma folha perdida.

Sinto o cheiro da guitarra perto.
A Árvore recolhe-me, protege-me.
Já sabe que aí vem um esperto.

Surge um anjo de olhos endiabrados
com umas quantas bonecas
as suas pragas soletra.
Não acredito que fomos amados.

12.3.05

«I’ve got a desease without cure».

Fazes-me escrever, fazes-me enlouquecer!

Sentimento indigno de viver em mim, como persistes?
Vejo-te a cada esquina.
Arrepio e estrondo na caixa torácica.
Será possível me ignorares? Eu sou a tua história, recusas-me agora?
Estou bem, só não consigo arrancar-te deste cérebro teimoso.
Recusei-te, sem saber porquê.
Agora desejo-te, sem te poder ter. E tu não foges de mim, do meu interior, como é possível?
Perguntas, sofrimento, vais remoendo o meu ser.
Já admiti, já recusei, já estive apática, porém, tu és doença.
«I’ve got a desease without cure».
Não são dias negros, não. Dias de questionação, mas não me vais destruir. Pelo contrário, cada vez estou mais forte, criando imunidade.
Apenas preciso de expressar. De pegar em palavras e dar-lhes forma.
Eu sou feliz. Tu é que não o aceitas e perturbas-me.

10.3.05

DESCULPA vs HUMILHAÇÃO

No denso texto escondo aquilo que rebola em mim.
Em meias palavras vou levantando aquilo que se cria em mim.
Como Amiga sou aberta.
Como criadora sou discreta.

Até no Amor sou fechada. Tudo estratégia. Fecho-me num concha que só abre depois de muita insistência, não daquela chata que nos faz fugir à primeira ameaça. Mas aquela investida sincera, onde vai mostrando as cartas, não as de amor, mas do jogo, deitando-me por terra. Mas contudo, tem que trazer paixão, senão não vigora.
E depois de certo tempo, longo e feliz, tudo cai, porque assim é a vida. e sofro, vivo triste.
Andei inquieta como mostrei nAs Noites Gélidas e textos de igual teor negro.

Meses depois descubro que me falta dizer apenas uma palavra: Desculpa.
Esta palavra tirou-me o peso da consciência de não ter estado bem comigo própria e ter estragado o que restava do Meu Amor. Fiz sofrer, sei disso.
Assim pedi desculpa.

e abri portas, janelas, jardins, quintas ao futuro. abri tudo o que restava para abrir.... o meu espírito permanece elevado.

Ainda bem que descobri a fórmula. Bem me parece ter estado a dormir até agora. Mas não, eu procurei por todos os meios descobrir a chave para fechar o passado e acalmar-me o presente.

As palavras são minhas companheiras. São testemunhas dos meus sentimentos, testemunhas dos meus conhecimentos, tiram-me da realidade que é estar em frente a um monitor: Elevam-me!!!

Seguindo os passos da imaginação, tropeço em tanto que tenho para contar, embrulho-me em mil ideias, mas vou deitando gota a gota. Não gosto de exagerar, não gosto do material.
Meditando....

5.3.05

Porto, Te Adoro

Da cidade bela me recordo
Com a voz de Veloso
Junto à Serra do Pilar
De saudade o lábio mordo
Tudo fora maravilhoso.

O dia de entrada fora genial
Lembro-me da Joana, do Jorge e da Íris
Sorrisos entusiasmados
Tudo estava divinal.

Misto de orgulho com raiva
No meu coração pairava
O feitiço virara-se
E eu delirava
Já não sofria já não chorava,
Apenas me alegrava.

Na cidade bela me recordo
Lindos monumentos
Ruas estreitas, deveras românticas
Mas as minhas veias tinham ideias dinâmicas.

Aquele ar eu respirei
Naquele ar delirei
Porque o meu sofrimento se dissipara.
No pretérito IMperfeito narro dias áureos,
Com um sorriso nos olhos
Saudade no coração
Com toda esta visão.

De momento relembro o que foi Bom
Aquilo que passámos
Aquilo que errei
Tudo o que não perdoei
Mas acabámos.

28.2.05

Os Diabos atacam-me

Dias lindos que passamos, com a paz prometedora. Acabei de ler sobre algo aterrorizador, um tema que não tem resposta. o Satanismo. Pois, à volta disto existem mil crenças, medos e angústias.

Mas o que eu queria mostrar aqui é que o Satanismo tem uma via principal, uma artéria importante pela qual se rege o culto. E, conforme li nestes testemunhos, ser Satânico é acreditar em si proprio como Deus, como que o Mundo se mova à nossa volta. Ora, conheço gente que queixam-se que o pessoal lhe chama satanico e tal... pk se vestem de preto. mas a verdade é k o são mesmo, ideologicamente.

isto mostra que muita gente fala sem ter conhecimento. eu propria fazia isso muitas x. agora falo das minhas dúvidas, pois a vida é um conjunto delas. tudo é subjectivo.... ou não.

as palavras fogem-me, pk tenho alguém de perturbador á minha volta. que inferno!

26.2.05

Amor-Ódio

Quem Ama não Perdoa...

11.2.05

A Morte....Mistério!

Não quero que este blog seja um diário. Não, Nunca! Pretendo sim que seja um lugar destinado a pequenas reflexões. Sim, porque eu adoro conversar e demonstrar as teorias e dúvidas que pairam sobre o meu espírito. Conheço uma pessoa que o faz também com gosto, o autor do www.teorias.blogs.sapo.pt um grande bacano.
Desta vez venho divagar sobre a Morte. Que mistério humano será este? É aterrador pensar que morreremos, sem data. E depois passa-se o caso de haver quem acredite na vida após a morte. Há tanto para dizer sobre este assunto! Pessoalmente acredito que vivemos mais que uma vida. Difícil para mim é acreditar que morremos e transpomos para um lugar ora mágico ora infernal. Apenas uma vez.

A Natureza já mostrou que é cíclica: existem eras mais quentes, outras mais frias, momentos de crise, momentos de paz e fartura, etc. Então, porque é que a vida Humana não pode ser cíclica também? Já é, com a sucessão de pais, filhos netos, bisnetos, etc, mas falo em termos de alma, essa coisa estranha que agrega sentimentos, pensamentos, intuições, etc. Sim, para mim é verosímil que a alma se purifique cada vez mais, andando de vida em vida, sofrendo e aprendendo. Só assim se tornará perfeita. Uma vida não chega! E Deus, que eu acredito que exista, não nos dá apenas uma chance, se ele for assim tão generoso quanto se apregoa. Não se vive apenas uma vez para Ele saber se merecemos estar com ele ou não… portanto, este é o meu ponto de vista.
Acredito em Jesus, de facto, ele deve ter existido, para ainda hoje ser uma entidade tão carismática. Também acredito em Deus, porque eu sinto que existe uma força que nos transcende. O resto…. São manifestações umas vezes bem, outras vezes mal interpretadas.

Platão tinha muita razão em dizer que existe o mundo inteligível e o sensível. As coisas estranhas, os milagres e tudo mais são manifestações do mundo inteligível no mundo sensível, e nós, ignorantes que somos, não sabemos classificar e ver com clareza aquilo que se apresenta.

Coisas que me atravessam o pensamento não tão poucas vezes como desejava. São enigmas que vivem comigo e com muitos humanos igual a mim. Um dia saberemos a verdade. Eu estou sedenta dela.

A Verdade…

5.2.05

ParA TI!

Mil são agradecimentos meus
Desde a nossa infância conjunta
Até à situação actual.
A Felicidade é muita
Amizade assim é tão natural!

Fomos abençoadas
Apesar de confrontos paternais
Separadas fomos jamais!
Mesmo depois de sete primaveras
Hiper especial para mim eras.

Lembro-me das primeiras palavras que te escrevi
E das tuas que li
Éramos novatas e inocentes
Hoje sensatas e coerentes
Adoro-te desde que nasci.

3.2.05

Não Tem Título....

Difícil será transmitir aquilo que deveras sinto. Mas deverá ser algo muito parecido com a euforia. Uma conversa com um velho amigo activou-me a libertação da hormona da euforia. E agora, apesar de sentir a sua dor, sinto-me feliz, porque as minhas noites já não são gélidas nem sós. São antes noites de festa, de sono limpo, sem pesadelos. Alívio. É o que aconteceu neste coração pesado. Alívio.
Amigo, sinto a tua dor. Revejo-me um pouco nessa situação. Mas acalma-te e escuta as vozes da tua alma, essa que chora. Elas têm a chave para o teu dilema… tu já a sabes.
Já viveste situações semelhantes, quando mudaste a tua vida para estar com quem estás. E agora, o destino pede-te que corrijas o teu caminho. Tu és forte e mesmo que se revoltem contra ti, acabam por te aceitar. A amizade é assim.
E eu… eu sinto-me deveras feliz, sabendo que quem eu quero não terei. Irónico, não é? De facto não estou triste. Sou jovem, cheia de sonhos. Isso a mim ninguém me tira. Mesmo que tenha pessoas doentes na minha família, que me faz sofrer muito, sei que tudo passará. Olho a minha estrelinha lá no céu… ela diz-me que nunca fui tão forte como sou. E eu bem o sei. Eu sinto.
Noites gélidas que me aqueceram os pés. O sol brilha, o coração aquece! Sorrisos brotam destes lábios que até pouco tempo estavam doridos e apáticos.
Louvo os meus amigos. A minha amiga do coração, a Diana, o Nuno André, o Pedro… e muitos outros que estão a plantar a sementinha da amizade.
Apetece-me cantar, rir, abraçar o mundo inteiro, porque ontem tive uma conversa linda com alguém de que gosto muito. Afinal, a amizade é duradoira. Só os que não a querem cultivar, serão vistos pelos meus olhos como tristes. E Cegos!

O retrato da pequenezZ

Aqueles que invejam
São portugueses
Os que desejam igual
São brasileiros
Os que mais desejam
Americanos são.

Há que lutar pela reciclagem
Começar por aquilo que nos rodeia
Não sejais sebastianistas
As grandes revoluções
Começam com pequenos arranhões
Contagiando a plateia
Uns julgam que é miragem
Outros, uma pequena aragem.

Que gritos terei de dar?
Detesto o que me rodeia,
O encolher de ombros
O escolher entre os escombros
E ninguém se levanta
Pelo contrário!
Trazem os átomos negativos
Sem os positivos buscar!

Quem concorda comigo?
Já o Romeiro dizia
«Ninguém!»
Sou apenas um ser isolado
Buscando em todo o lado
Um pouco de sensatez
Com estes versos.
Será que é desta vez?

31.1.05

Escrevo para não enloquecer...

Deambulo pela casa, leio, assisto a um filme evitando assim dormir. Já entro pelo madrugada dentro. E Evito Dormir. Penso se voltarei a sonhar com aquela personagem... Quando a esquecerei?
As minhas unhas de verniz negro revelam o meu estado de alma. Este negro reflecte o meu sofrimento de estar longe de algo que me atormenta.
A confusão reina nestes pensamentos embaraçados, tanto pela estranheza, como pelo facto de saber que estou como decidi estar e que não o fiz bem.
Quem sabe? Os acontecimentos tomam lugar por motivos fortes, mas à distância do tempo, tornam-se inacreditáveis...
Não consigo encontrar uma explicação que me acalme o espírito deveras apaixonado. Sei que eu decidi, mas agora pergunto-me: Porquê? Porque é que este sopro move árvores, ágias, ventos e fogo se, quando atinge o que tanto desejara, acalma e monotoniza...será que é um mito?è um mito tudo isto?sou eu que invento um mito e sofro com uma ilusão? Onde estão os meus sonhos quebrados agora pela realidade da vida?
será que és um mito? Não acredito que sou mais uma portuguesa frustrada por não ver um cavalo branco surgir no nevoeiro matinal.
só encontro uma justificação. Eu quebrei imensas regras. traí-me por vezes a mim mesma... E agora que tento corrigir, sofro... uma dor que se acalma, mói e depois torna-se aguda...como agora. Agora que é noite e o frio aperta.
ah lindas tardes....que belas tardes passei eu contigo. Sim, tu, que apesar de te dirigir a palavra estás ausente. Não me respondes. Eu só queria ser tua amiga. Não!!... Eu tua amiga já sou. Queria era que fosses tu meu amigo, numa altura que tanto preciso. Não quero revoltar-me contra ti, mas as circunstâncias assim mandam.
A vida seria mais simples se fossemos autistas... racionais, apenas isso.