27.3.05

Um dia destes acordei e vi através da vidraça o céu verde.
Fiquei alegre!!! Há quanto tempo não via o tempo assim?
Era ideal para passear junto do mar. Adoro ver o verde conjugado com o azul! Estar na areia, olhando para o mar, ouvindo o seu sorriso ao unir-se com a areia branca. Lindo. Entretanto, quando folheio o livro distingo vozes murmurando… Não são sereias…. São os meus amigos. Cada um com um sorriso diferente: um com um sorriso Azul, outro com um sorriso Amarelo, outro Verde e ainda um Laranja…Ah, e outro escaldante, o Vermelho! E aí dá-se uma explosão de Alegria, porque verde não quer dizer doente, nem o amarelo de cinismo. Quando todas as cores se juntam, fala-se de festa, de arco-íris e de gargalhadas sonoras. É fácil ser feliz!!!
De súbito ouço um relinchar ao longe… é um cavalo branco que se avista. Está a testar as suas forças, correndo pelo estender das ondas.
Para uma pessoa apaixonada pela vida como eu, talvez seria a alma gémea… ou D. Sebastião! Mas não está nevoeiro e a pessoa certa não vem num cavalo branco… A mim calhou-me um cavalo preto.
A festa continua… Surgem balões de todo o lado! Balões de todas as cores, menos o preto! O Preto também é importante, já se deram conta? Gosto do preto para realçar as outras cores… Assim como as tristezas servem para realçar as alegrias. Nesta vida tenho sido uma felizarda. Mas, como ser pensante e sensível que sou [e por vezes egoísta, admito!], encaminho os meus juízos para situações tristes… E eu tenho 18 anos. Não há tempo para tristezas, há tempo para remoinhos de alegria como são as noites de Lisboa!!! São noites de gargalhadas e piadas entre amigos, noites que se avista o melhor da cidade, iluminado, sem uma gota de Álcool!!!
O céu está a tornar-se cada vez mais verde… e com o anoitecer vejo as estrelas amarelas! Algumas delas são tão brilhantes que me ferem os olhos. Cai-me uma lágrima… E logo Caeiro me avisa para ter CUIDADO, porque posso tropeçar nela.
A lágrima é Azul. E o Céu continua verde… Queres tu pintá-lo de outra cor?

25.3.05

Comentários...(?)

Ah, Ah!
Parece-me que entrei no mundo furioso dos blogs... EHEH!
Gosto principalmente daqueles qe me comentam os erros! Muito bem, ainda por cima, eu, uma aluna de Português... Não devo errar!Nem penses!
E depois, aparecem aqueles que me comentam as minhas tristezas. Concerteza que têm razão! A vida é bonita, mas todos temos momentos de lamentar tudo o que não corre bem... Principalmente quando não te sentes bem!! Mas não, e agora generalizando, os homens são insensíveis! Não, digamos antes concretos, são seres ligados à Terra.
Guerra dos sexos... não, não quero ir por aí...
Só pa dizer que hoje em dia, cada um escreve o que lhe apetece!
Hasta!

24.3.05

Travagens Bruscas...quem as não tem.

Travagens bruscas sinto
Em cada movimento errado
São os meus anjos
Que me põem o cinto
Para manter o meu espírito sossegado.

Travagens bruscas faço
em plena rua
Quando os pensamentos me agridem.
São golpes profundos
Que me deixam a latejar
E quando os sentimentos me sorriem
Travagens bruscas faço
Preciso de averiguar…

Travagens bruscas de saudosista.
Penso, logo existo
Deixando de existir, porque me abstraio.
Mais uma travagem brusca…
Volto ao inicio…
Sinal verde, pode avançar.

Travagens bruscas se fazem sentir
Não nos deixam pensar, obrigam-nos a agir.

22.3.05

Um pouco de mim...

Quem sou eu?
Perguntar-me isto algumas vezes não significa ter dúvidas existenciais, mas fazer um esforço para me recordar do meu trajecto e rumo na vida... Certificar-me de que vou no rumo certo, se aquilo que faço está de acordo com as minhas ideologias...
quem sou eu?
sou um ser flexível que se perde em certas teimosias.
Sou um ser que ama e deseja ser amado.
Eu amo a vida. Pretendo ser amada por Ela também.
Sou um ser cheio de história, história que muitos não entenderiam a longevidade da minha existência. Um mar de energias me rodeiam, sou um ser pensante e introspectivo.
Todos os dias descubro uma coisa nova e no entanto parece que vivo uma vida monótona. Mas não.
Pena que não me entendam. Todos se preocupam apenas consigo. E eu por vezes sofro as dores dos outros. Sofro a tristeza e fico furiosa quando não me deixam sentir a sua alegria. Apenas conta comigo para a tristeza.
E eu vivo, reflectindo.

18.3.05

Obrigada

agradeço-te, amigo, por teres juntado umas quantas palavras esta noite para me chamar à razão. melhorei porque tu dispensaste uns minutos de sono por mim, enquanto eu sofria de um mal que me dava cólicas e fazia gemer de sentir facas a trespassar-me.
digo para quem queira ler que desejo não pensar. desejo não imaginar. desprezo a faculdade de me abstrair. tantos por aí que só conhecem a terra e o mar, os pequenos haveres e funções e são felizes. eu penso e deixo de existir, porque me contorso de dores que não acalmam... até que o raiar do sol nasça pela manhã e eu volte a sentir o material.

16.3.05

poema em construção

Perdida numa floresta húmida e desconhecida
durmo junto a uma árvore protegida.
Escrevo num canto de uma folha perdida.

Sinto o cheiro da guitarra perto.
A Árvore recolhe-me, protege-me.
Já sabe que aí vem um esperto.

Surge um anjo de olhos endiabrados
com umas quantas bonecas
as suas pragas soletra.
Não acredito que fomos amados.

12.3.05

«I’ve got a desease without cure».

Fazes-me escrever, fazes-me enlouquecer!

Sentimento indigno de viver em mim, como persistes?
Vejo-te a cada esquina.
Arrepio e estrondo na caixa torácica.
Será possível me ignorares? Eu sou a tua história, recusas-me agora?
Estou bem, só não consigo arrancar-te deste cérebro teimoso.
Recusei-te, sem saber porquê.
Agora desejo-te, sem te poder ter. E tu não foges de mim, do meu interior, como é possível?
Perguntas, sofrimento, vais remoendo o meu ser.
Já admiti, já recusei, já estive apática, porém, tu és doença.
«I’ve got a desease without cure».
Não são dias negros, não. Dias de questionação, mas não me vais destruir. Pelo contrário, cada vez estou mais forte, criando imunidade.
Apenas preciso de expressar. De pegar em palavras e dar-lhes forma.
Eu sou feliz. Tu é que não o aceitas e perturbas-me.

10.3.05

DESCULPA vs HUMILHAÇÃO

No denso texto escondo aquilo que rebola em mim.
Em meias palavras vou levantando aquilo que se cria em mim.
Como Amiga sou aberta.
Como criadora sou discreta.

Até no Amor sou fechada. Tudo estratégia. Fecho-me num concha que só abre depois de muita insistência, não daquela chata que nos faz fugir à primeira ameaça. Mas aquela investida sincera, onde vai mostrando as cartas, não as de amor, mas do jogo, deitando-me por terra. Mas contudo, tem que trazer paixão, senão não vigora.
E depois de certo tempo, longo e feliz, tudo cai, porque assim é a vida. e sofro, vivo triste.
Andei inquieta como mostrei nAs Noites Gélidas e textos de igual teor negro.

Meses depois descubro que me falta dizer apenas uma palavra: Desculpa.
Esta palavra tirou-me o peso da consciência de não ter estado bem comigo própria e ter estragado o que restava do Meu Amor. Fiz sofrer, sei disso.
Assim pedi desculpa.

e abri portas, janelas, jardins, quintas ao futuro. abri tudo o que restava para abrir.... o meu espírito permanece elevado.

Ainda bem que descobri a fórmula. Bem me parece ter estado a dormir até agora. Mas não, eu procurei por todos os meios descobrir a chave para fechar o passado e acalmar-me o presente.

As palavras são minhas companheiras. São testemunhas dos meus sentimentos, testemunhas dos meus conhecimentos, tiram-me da realidade que é estar em frente a um monitor: Elevam-me!!!

Seguindo os passos da imaginação, tropeço em tanto que tenho para contar, embrulho-me em mil ideias, mas vou deitando gota a gota. Não gosto de exagerar, não gosto do material.
Meditando....

5.3.05

Porto, Te Adoro

Da cidade bela me recordo
Com a voz de Veloso
Junto à Serra do Pilar
De saudade o lábio mordo
Tudo fora maravilhoso.

O dia de entrada fora genial
Lembro-me da Joana, do Jorge e da Íris
Sorrisos entusiasmados
Tudo estava divinal.

Misto de orgulho com raiva
No meu coração pairava
O feitiço virara-se
E eu delirava
Já não sofria já não chorava,
Apenas me alegrava.

Na cidade bela me recordo
Lindos monumentos
Ruas estreitas, deveras românticas
Mas as minhas veias tinham ideias dinâmicas.

Aquele ar eu respirei
Naquele ar delirei
Porque o meu sofrimento se dissipara.
No pretérito IMperfeito narro dias áureos,
Com um sorriso nos olhos
Saudade no coração
Com toda esta visão.

De momento relembro o que foi Bom
Aquilo que passámos
Aquilo que errei
Tudo o que não perdoei
Mas acabámos.