30.1.09

Também posso falar da crise?

(Rascunho perdido no fundo de outra gaveta)

Uma certa repugnância nasce no meu ser. Sentimento difícil de aceitar, de digerir. Adoro e detesto o meu país. Detesto as pessoas, o sistema, mas amo a cultura, a literatura, a língua e a paisagem.
A mentalidade é uma coisa morta, não desperta para a vida. Não percebo o que se passa. Onde está a questão económica, tanto ambiental como monetária? Está oculta com o brilho das estrelas bordadas a peeling e a make up.
Sonham com viagens penduradas em créditos que nos embarcam em baldes de poço e nos levam cada vez mais ao fundo.
O trabalho é um vírus do qual todos tentam fugir. A preguiça cresce diante de um plasma novinho em folha e a cheirar a tecnologia de ponta cara.
É Inverno, é tempo de reflectir e tempo de recessão.

11.1.09

De Istambul a Cacilhas


Numa manhã fria de sábado não acreditei que não tinha sono.

Acreditaria se nevasse, mas estar sem sono tão cedo era impensável.

Nisto, após saltar de pensamento em pensamento, rindo e chorando,

Acordei-te.

Trocámos as habituais palavras matinais,

Decidimos levantar-nos, comer e sair bem artilhados de roupa invernal.

E óculos escuros, porque estava um sol brilhante, que acariciava a geada.

Partimos para a Estrela, e depois de ver patos e crianças nos baloiços, procurámos o Mel das Arábias, para bebermos um chá quente cheio de aromas fortes, deliciar-nos com doces turcos cheios de mel.

Ao seguir os trilhos do 28, acabámos a contemplar o Adamastor e a questionar como seria atravessar o Tejo e almoçar em Cacilhas... E Fomos questioná-lo directamente, acabando por regressar pelas 16h, pois já não aguentávamos o frio e gelo anormais da praia lusitana.

Sábados como este...