São noites frias,
Em que a ausência de calor proporciona insónias,
Pensamentos e reflexões duras de processar.
São noites frias,
Em que os pequenos problemas do dia-a-dia
se tornam penosos e cheios de arestas por limar.
São noites frias,
Que aquecem lentamente
Proporcionalmente
Às horas solares
De manhã cedo
Esquecidos
E no entanto
São quando começam
24.12.08
3.12.08
Medo de Expressar
E no receio de ser lido,
Contradizendo-me agora,
Guardo secretas frases na gaveta dos rascunhos.
O que escrevemos é algo sempre nosso.
Exceptuando a tradução, que só é nossa quando é ridícula,
As nossas frases são sempre tecidos de subjectividade
Com a renda exterior das palavras,
Que nos deturpam a Liberdade.
Guardo frases.
São secretas, porque receio os juízos.
Juízos da inutilidade das palavras tecidas.
Porque só se tornam úteis
Quando pelo leitor lidas.
Não receando apenas os juízos,
Mas também expor demasiado o Universo Secreto.
Porque na Literatura existem os espiões da Interpretação.
Fernando Abreu
Contradizendo-me agora,
Guardo secretas frases na gaveta dos rascunhos.
O que escrevemos é algo sempre nosso.
Exceptuando a tradução, que só é nossa quando é ridícula,
As nossas frases são sempre tecidos de subjectividade
Com a renda exterior das palavras,
Que nos deturpam a Liberdade.
Guardo frases.
São secretas, porque receio os juízos.
Juízos da inutilidade das palavras tecidas.
Porque só se tornam úteis
Quando pelo leitor lidas.
Não receando apenas os juízos,
Mas também expor demasiado o Universo Secreto.
Porque na Literatura existem os espiões da Interpretação.
Fernando Abreu
São letras, expressões e palavras
Que povoam o meu imaginário.
Palavras que se conhecem
Palavras que se julgam conhecer
E palavras que se conhecem e não se expressam
Porque a tua Língua não deixa.
O desconhecido é assim desbravado e arrasado
Pelos cliques e "Copiar" e "Colar"
E brincar, imaginar, reinventar.
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