13.4.06

Tributo ao Cântico Negro

José Régio,

Leio-te o teu melhor poema
Para não me entregar à inércia,
De que todos os que me rodeiam,
vivem.
Leio-te para não me esquecer
que eu corro para um Bem maior.
Leio-te para me lembrar de que tudo consigo,
Que tudo o que sonho é possível.
Basta continuar a correr.

Corro entre as gentes da cidade
E a espuma do mar.
Corro numa ansiedade
Que me faz acalmar.
Divido-me nos cruzamentos da vida,
No cântico e na subida,
De novo encontrando-me na rotunda.

São ciclos mais tumultuosos que tornados
Cansados estafados mas sonhados.

A minha realidade é Sonho.
Sonho durante e pelas ondas da areia
E as pedras da calçada,
Pelo ar poluído
Numa grande lufada.

Corro por entre buzinas
E espantos.
Sorrio.
Quanto mais me canso,
Mais forças tenho: É o que me ensinas.

Leio-te para não me esquecer do caminho
E para me recordar
Que as vozes que ouço
Nem chegam a incomodar.

Eu Vivo nos Becos Lamacentos!!!

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