5.4.10

Trocavas uma amiga pelo teu sossego?


Ando a dar voltas à cabeça e ao estômago com os recentes acontecimentos.
Todas as pedras da calçada sabem que gosto de sossego. Detesto confusões e por vezes a sinceridade que emano quebra algumas sensibilidades.
Também sou uma pessoa acessível, comunicativa e, a menos que o meu instinto diga para não o fazer, sou receptiva a novos contactos e amizades.
Mas quando me cheira a problemas, tenho tendência a afastar-me. Porque muitos deles não têm resolução possível, as pessoas são como são e não mudam.
O mundo ainda é grande o suficiente para evitar esses contactos com cauda de confusão, que onde quer que batam, partem tudo.
Não nego sentir empatia com certas pessoas assim, mas o esforço... Não sei se compensa, manter contactos amistosos com um espectro com uma sombra negra. Mesmo sem culpa directa disso.
E depois há aqueles que só merecem o meu desprezo, fazendo-me já clara aqui, para que não alimentem falsas esperanças de reconciliação.
Mas adiante, certos acontecimentos recentes vêm fomentar a minha posição: não presta, fica de fora. E todos estão incluídos nesta categoria: assim que começa a cheirar mal a valer, não há volta a dar.
Lembro-me de alguns nomes, femininos e masculinos, que apesar de saber que são insignificantes, têm pelos menos o prémio do meu desprezo.

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