O que acontece se um professor tentar provar aos seus alunos alemães que, na época corrente, é fácil emergir um sistema ditatorial?
O projecto da semana para uma turma do secundário é a discussão do que é a Autocracia. Com a crescente discussão e revelação de pontos de vista, ocorre ao professor pesquisar sobre o tema e tentar aplicar na sua turma. Tudo porque alguém afirmou ser impossível que um "Terceiro Reich" ocorresse de novo.
Ele é o líder, sugere o uso de uniforme e os alunos pensam no resto: um site, uma página no MySpace, um logótipo.
Há confrontos na rua, uns são mais idealistas que outros, há desistências, há novos membros, até uma saudação.
Quando todos transbordam a vontade e se aproximam do perigo de uma comunidade com barreiras e ideias inflexíveis, o líder, o professor, convoca uma reunião a todos os membros e simpatizantes.
Todos vibram com as frases típicas de uma autocracia proferidas pelo líder e eis que o pano cai: explica que o que acontecera, não passara de uma prova de que tudo poderia voltar e em pouco tempo.
Um membro ou aluno mais radical revolta-se e exibe uma pistola, manda encerrar todas as portas, tenta convencer o professor que a Onda (Welle) não pode terminar assim, que é a sua vida. Alveja um colega e depois, incapaz de alvejar o professor, suicida-se, à frente de toda a audiência.
Dennis Gansel, realizador e argumentista, conseguiu captar a minha atenção nesta encenação encenada, expondo um problema inerente à sociedade alemã, que sofre as consequências dos actos dos seus ascendentes.
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