Cantora e actriz francesa, nascida em 1915 e falecida em 1963, o seu verdadeiro nome é Edith Giovanna Gassion. Abandonada pela mãe logo à nascença, foi criada pela avó. Com apenas três anos de idade ficou cega, problema causado pela menigite, recuperando a vista apenas quatro anos depois. Foi encorajada pelo pai, acrobata de circo, a cantar e inicia uma vida árdua de cantora de rua e de cafés. Foi descoberta pelo dono de um cabaret que a aconselha a usar o nome de Piaf. A sua carreira artística teve início em 1935. A interpretação da Chanson, ou da balada francesa, tornou-a internacionalmente conhecida. Entre as suas canções mais famosas encontram-se Non, je ne regrette rien e la vien en rose.
Depois de muita curiosidade e vontade de ir ver o Musical encenado pelo Filipe La Féria, lá fomos nós, saídos da estação do Rossio, ouvir as pisadas de Piaf no palco.
Num comentário muito sucinto, elogia-se o jogo de iluminação e os adereços minimalistas: uma cadeira normal, uma cadeira de rodas, um microfone e poucas mudas de roupa. A iluminação representou as pedras largas que revestem as ruas de Paris, o ringue de boxe em que Marcel é vencedor e encenou também o slow motion da derrota do adversário, com vários flashes aliados ao trabalhos maravilhoso dos actores.
A personagem principal, Piaf, para além de dizer muitas asneiras, vai ficando com uma postura curvada e aflita, como se cada inspiração e expiração fossem passar o Cabo das Tormentas.
Piaf teve uma vida difícil, cheia de miséria humana, desde o passar fome, passando pela prostituição para se poder sustentar, até aos momentos de glória que eram imediatamente substituídos pela solidão assim que descia do palco.
Mais um caso de sucesso aliado à solidão. E uma das melhores vozes que a França apresentou ao Mundo.
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