Something is out of control. I am happy with my job. My bosses are very kind and I believe I produce more because of it. The sad part of it: I am in Portugal. Very beautiful country, with a lot of potential, very shinny. It is really beautiful, my family was born here, I was born here and a lot of my friends stay around here (others are traveling around the world and I miss them).
However, Portuguese people is suffering a lot. We have been behaving, I think we cannot be compared to the Creeks, making a lot of troubles since they are under IMF control.
I fear this will change.
Protests are shouting out loud in front of the parliament, families struggling not to loose their homes.
Politicians
want to maintain their lifestyle, getting 3 or 4 pensions when they get
retired; the people is going to pay huge taxes in 2013...
I
agree that we have to change our system, not spending the money we were
spending, but we have to support families, giving some benefits to those
how are having children, securing Portugal's future; supporting those
how have new promissory ideas to make business (I am not saying: give
money, but borrow money).
How can we grow under these
conditions? Very sad to see my friends leaving, searching other
countries to live, to work and to have children.
I hope I am not forced to be the next one leaving.
16.10.12
26.9.12
A bela da não-queda de bicicleta
Desta vez, saiu de
casa com a sua bicicleta e não caiu. Tomou mais cuidado com os impulsos dos pés
nos pedais para sentir melhor a consistência do piso e a ressonância do
comportamento das rodas. Desta feita, decidiu descer até ao centro da cidade.
(imagem retirada da net)
E se eu descer esta rua de sentido proibido? Vou em cima do passeio, só
para evitar encontros desagradáveis, depois meto pela movimentada avenida. São
agora 11h da manhã e o trânsito é calmo. Há muitos carros de serviço encostados
na faixa da direita; mil quatro piscas ligados até onde a vista se perde. Apesar
disso, descer isto é mesmo fixe, sinto a adrenalina a subir em proporção ao
vento que bate na cara. Nem preciso de pedalar. Vou aqui na minha, mais ou
menos ao centro da via, porque ali atrás houve um fulano que abriu a porta do
carro depois de estacionar e nem olhou. Bolas, foi mesmo por um triz. Com
bicicleta nova e tudo! Bem, agora aqui nesta parte é que tenho de ter cuidado.
É que não estou nada habituada a partilhar a via com carris. Sei que eles estão
à espera que eu me arme em heroína e os passe da mesma forma como mudei de
faixa de noite, lá para os Nortes da Europa. Estou mesmo a ouvi-los: "olha
para esta, daqui a nada beija-nos a superfície luzidia!". Abrando e ignoro
os seus gritos, assim como os olhares de admiração dos transeuntes e dos machos
latinos que têm sempre um comentário na ponta da língua quando passa alguma
mulher. E neste caso de bicicleta! Que admiração, credo! Mas continuando, a
meio da minha manobra meticulosa, passo um e outro carril, gentil e
agradavelmente, apenas para contornar este quatro piscas da BMW. E ouço:
cuidado, olha que vais com as rodas no chão! Devia haver uma coima para estes
piropos descabidos e dignos de um QI negativo.
Sacudo o desprezo da mente e constato que estou pela primeira vez no centro
da cidade de bicicleta, sentindo um friozito de contentamento na barriga. Quero
lá saber que olhem! Toma toma, sou peão e veículo ao mesmo tempo. Basta saltar
da bicicletaaaa! Se está vermelho para veículo, passo como peão, subo o
passeio, desço passeio, pedalo na estrada, travo na estrada, entro para as
pracetas e respeito os peões como me respeito a mim mesma.
O mundo é meu!
Acalma-te, vá, faz lá
o que vinhas aqui fazer que ainda tens de fazer um percurso inverso. Talvez hoje
eu mereça uma medalha de Coragem Extra, por ter sido capaz de andar sobre o
negro asfalto. É uma pequena maluquice, o passe expirou e só preciso de o
carregar para o mês que vem, portanto, não vou ficar enterrada em casa à espera
do início do mês! A bicicleta está aí para isso mesmo. Um tanto a medo, fui e
regressei sem prejuízo de maior, com um "até já" voltado para esta
pequena viagem ao mundo agitado da cidade, que, apesar de repleta de
armadilhas, não me implorou que caísse.
24.9.12
A bela queda de bicicleta
A
primeira vez que saiu de casa com a bicicleta, caiu. A calcada escorregadia e
cheia de obstáculos fê-la estrear-se no chão. Pensou para consigo que esta
ideia de ter um comportamento mais responsável no que toca ao ambiente talvez
não fosse assim tão genial. Comprou uma bicicleta através de um anúncio de
usados, com o intuito de passear, de fazer exercício e poupar uns meses de
transportes públicos. Perderia tempo de leitura, ganharia uns músculos mais
tonificados. Porém, a queda apresentou-lhe uma das primeiras dificuldades: a
cidade de Lisboa não estava preparada para a circulação de bicicletas; pelo
menos não tão bem quanto as cidades do Norte da Europa. Na sua íntima opinião,
a cidade de Lisboa nem sequer está bem preparada para a circulação de
automóveis. Os passeios são feitos de um material escorregadio; a disposição
das ruas é pré-histórica. O ambiente rústico das ruas não se adequa a outro
meio de transporte para além das ditas pernas, principalmente nos pequenos
bairros (ou inclinados!). Sem nada, calcado confortável e anti-derrapante,
mochila e nem pensar em carrinhos de bebé.
(foto retirada da net)
Adiante. Está na hora de me levantar.
Talvez tenha de voltar a casa para trocar de roupa. Não, parece que os danos
são nulos. Mas que maçada! A bicicleta ficou com uns riscos. Enfim, marcas das
dores de crescimento desta nova fase. Onde é que eu ia mesmo? Ah, tenho de
levar estas roupas à associação. Depois vou cortar o cabelo e, se der, parar
para tomar um cafezito e ler o jornal. Talvez devesse escrever sobre esta minha
experiência de cair de bicicleta. Ninguém viu, ainda bem, mas e se eu caísse em
plena estrada ou ciclovia? Será que me acudiriam? No Norte de Europa isso
aconteceu-me. Pelo menos três homens vieram ter comigo e perguntaram-me se eu estava
bem... Caso estivesse à procura de namorado, teria sido a oportunidade ideal,
mas fiquei cheia de vergonha. Como era de noite e eu não tinha luz, não vi que
a ciclovia tinha um pequeno desnível em relação ao passeio de peões... Ao
passar de um para o outro, com o ângulo incorrecto, dei conta que estava no
chão. Portanto, duas regras muito importantes de uma queda só: usar luz durante
a noite e ter atenção aos desníveis.
Em Portugal, os desníveis são outros.
Subir uma calcada é um desporto radical. Por isso é que os idosos teimam em
andar pela estrada (meios rurais), em vez de subirem o passeio.
Ok, não vou olhar apenas para os
aspectos negativos da cidade. Cada vez que me sento num banco da Duque d'Ávila,
admiro os vários utilizadores da ciclovia. São variados e todos deviam ostentar
uma medalha de Coragem! E a todos aqueles que partilham os asfalto negro com os
automóveis, esses! Deviam ostentar uma medalha de Coragem Extra.
Eu cá vou experimentando devagarinho. Ainda ontem vi uma pasteleira a
derrapar numa rua de calcada larga. Era uma rapariga. Também ela devia ostentar
uma medalha, porque podia ser eu no lugar dela. Mas não, ela nao caiu.
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