3.2.05

O retrato da pequenezZ

Aqueles que invejam
São portugueses
Os que desejam igual
São brasileiros
Os que mais desejam
Americanos são.

Há que lutar pela reciclagem
Começar por aquilo que nos rodeia
Não sejais sebastianistas
As grandes revoluções
Começam com pequenos arranhões
Contagiando a plateia
Uns julgam que é miragem
Outros, uma pequena aragem.

Que gritos terei de dar?
Detesto o que me rodeia,
O encolher de ombros
O escolher entre os escombros
E ninguém se levanta
Pelo contrário!
Trazem os átomos negativos
Sem os positivos buscar!

Quem concorda comigo?
Já o Romeiro dizia
«Ninguém!»
Sou apenas um ser isolado
Buscando em todo o lado
Um pouco de sensatez
Com estes versos.
Será que é desta vez?

1 comment:

Martinha said...

Sensatez é coisa que não falta nos versos que de ti arrancaste. É um retrato do que se passa hoje em dia... Do mundo que pesa sobre as nossas cabeças que vai exigindo uma força hérculea da nossa parte e dos outros... Cabe-nos a nós ir mudando algumas coisa... Como tu própria dizes: ir arranhando algum chão, alguma parede, alguma alma... Uma vez disseram-me que na vida há pequenos nadas que se tornam GRANDES tudos... E é bem verdade... Os pequenos passinhos hão-de traçar um grande caminho... E os arranhões hão-de abrir grandes fendas de mudança...

Beijinhos muito grandes