8.9.09

Acordar ao Domingo e....


Não há nada como lavarmos a alma no mar.
Sentir a ondulação e as temperaturas frias. Tocar nas pedras submersas e verdes de idade.
Movimentar todos os musculos, salpicar o ar e sentir o sabor do sal.
Dançar na água e pular.
Sentir os seus braços em torno de nós.
Sentir o raiar do sol forte e recarregar energias.
Só o som do sol e o silêncio das ondas.
E o teu respirar.


@ S. Pedro do Estoril

4.9.09

Piaf, o musical



Cantora e actriz francesa, nascida em 1915 e falecida em 1963, o seu verdadeiro nome é Edith Giovanna Gassion. Abandonada pela mãe logo à nascença, foi criada pela avó. Com apenas três anos de idade ficou cega, problema causado pela menigite, recuperando a vista apenas quatro anos depois. Foi encorajada pelo pai, acrobata de circo, a cantar e inicia uma vida árdua de cantora de rua e de cafés. Foi descoberta pelo dono de um cabaret que a aconselha a usar o nome de Piaf. A sua carreira artística teve início em 1935. A interpretação da Chanson, ou da balada francesa, tornou-a internacionalmente conhecida. Entre as suas canções mais famosas encontram-se Non, je ne regrette rien e la vien en rose.

Depois de muita curiosidade e vontade de ir ver o Musical encenado pelo Filipe La Féria, lá fomos nós, saídos da estação do Rossio, ouvir as pisadas de Piaf no palco.
Num comentário muito sucinto, elogia-se o jogo de iluminação e os adereços minimalistas: uma cadeira normal, uma cadeira de rodas, um microfone e poucas mudas de roupa. A iluminação representou as pedras largas que revestem as ruas de Paris, o ringue de boxe em que Marcel é vencedor e encenou também o slow motion da derrota do adversário, com vários flashes aliados ao trabalhos maravilhoso dos actores.
A personagem principal, Piaf, para além de dizer muitas asneiras, vai ficando com uma postura curvada e aflita, como se cada inspiração e expiração fossem passar o Cabo das Tormentas.

Piaf teve uma vida difícil, cheia de miséria humana, desde o passar fome, passando pela prostituição para se poder sustentar, até aos momentos de glória que eram imediatamente substituídos pela solidão assim que descia do palco.
Mais um caso de sucesso aliado à solidão. E uma das melhores vozes que a França apresentou ao Mundo.


27.8.09

Die Welle

O que acontece se um professor tentar provar aos seus alunos alemães que, na época corrente, é fácil emergir um sistema ditatorial?

O projecto da semana para uma turma do secundário é a discussão do que é a Autocracia. Com a crescente discussão e revelação de pontos de vista, ocorre ao professor pesquisar sobre o tema e tentar aplicar na sua turma. Tudo porque alguém afirmou ser impossível que um "Terceiro Reich" ocorresse de novo.

Ele é o líder, sugere o uso de uniforme e os alunos pensam no resto: um site, uma página no MySpace, um logótipo.

Há confrontos na rua, uns são mais idealistas que outros, há desistências, há novos membros, até uma saudação.

Quando todos transbordam a vontade e se aproximam do perigo de uma comunidade com barreiras e ideias inflexíveis, o líder, o professor, convoca uma reunião a todos os membros e simpatizantes.
Todos vibram com as frases típicas de uma autocracia proferidas pelo líder e eis que o pano cai: explica que o que acontecera, não passara de uma prova de que tudo poderia voltar e em pouco tempo.

Um membro ou aluno mais radical revolta-se e exibe uma pistola, manda encerrar todas as portas, tenta convencer o professor que a Onda (Welle) não pode terminar assim, que é a sua vida. Alveja um colega e depois, incapaz de alvejar o professor, suicida-se, à frente de toda a audiência.

Dennis Gansel, realizador e argumentista, conseguiu captar a minha atenção nesta encenação encenada, expondo um problema inerente à sociedade alemã, que sofre as consequências dos actos dos seus ascendentes.

29.7.09

Internet vs Books

Numa altura em que o trabalho anda fraco, fico em casa e vejo-me diante de um computador e de mil e uma fontes de informação.
Com tantas possibilidades, para não falar das línguas que leio e daquelas que tento ler, dos assuntos variados que encontro e que me fascinam, fico confusa e não sei por onde começar.
É nessas alturas que me viro para o meu livro que me fascina, Made in America, de Bill Bryson. Ainda não li críticas dele, mas vou fazê-lo quando o terminar.
Sempre me dá mais sossego e concentracao... Os links dispersam-me. :P
E agora, terminando este desabafo, lá vou eu abrir o meu livro.

Uma crítica: O Coiso

28.7.09

Mais sossego, quero

Apesar de me sentir muito atraída por viagens e aventuras noutros locais que envolvam outro ambiente linguístico, sinto-me a apreciar a estrada de baixo que liga o Porto Rio a Porto Novo. Quem aqui perto nasceu dá valor ao sossego de uma viagem limpa de bicicleta pelo alcatrão comido pelo sol. De manha a frescura é imensa e à tarde ouve-se bem os pneus a beijar a estrada. Sente-se as várias sombras das várias árvores e montes. Sinto-me também a apreciar mais o canto verde que tenho disponível aos fins-de-semana.

Neste momento estou sentada à secretária, a aplicar-me nas leituras e a observar o enorme sossego do meu outro canto, mais citadino. E não saio à rua para não ficar sem o sabor a sal das férias verdes e douradas e suadas...

1.7.09

Apontamentos

Pontos do JL de 1 de Julho de 2009-07-01

  • Jorge de Sena será trasladado para o Cemitério dos Prazeres e o seu espólio seguirá todo para a Biblioteca Nacional.
  • O Miradouro da Graça passará a chamar-se Miradouro Sophia de Mello Breyner Andersen, pelo facto de ter vivido aí muito perto (na Travessa das Mónicas) e por se sentir estreitamente ligada a este local.

  • No 26° Festival de Teatro de Almada, conta-se coma presença do Volksbühne am Rosa-Luxemburg-Platz, de Berlim e com o grupo de Teatro de Sátira de S. Petersburgo. Contudo, este último só vem, “porque o governo russo paga praticamente tudo. Têm um programa de protecção e exportação do seu teatro, enquanto que em Portugal não existe nada de semelhante.”

  • A não perder, a peça: As Criadas, Domin
    go dia 16, no Teatro Municipal de Almada.



  • Excertos do escritor Milton Hatoum:

“Memória e imaginação são inseparáveis.”
“Um dos enigmas da literatura é a passagem da experiência para a linguagem. Experiência significa a nossa vida e a dos outros, e também o que sonhamos e lemos”

“Um escritor não escreve para alcançar a glória, mas sim para enfrentar dificuldades e saber que vale a pena lutar com as palavras.”

“A coragem de silenciar é infinitamente maior que a coragem de publicar asneiras.”

“A Humanidade do futuro será mestiça.”

23.6.09

Szczecin 2007

Pois, quando me aventurei numa viagem de três dias a Stettin, Polónia, tão perto da fronteira com a Alemanha, senti uma enorme diferença cultural. Primeiro senti que estava em entrar em Portugal dos anos 80, apesar de ser só de 86. Assim que passámos à fronteira, os campos tinham a cara de Portugal chapada, excepto algumas aves que sobre elas voavam.

Depois foi o choque linguístico: eu sei que aquela gente fala alemão, porque muitos trabalham na Alemanha, nomeadamente em Berlin, por ser uma cidade grande e relativamente próxima. Ninguém falava comigo, só um senhor muito generoso que me saltou com palavras germânicas para me indicar a direcção do Hostel. E torci-me toda para pedir um café.
Mas depois safei-me numa pizzaria com uma miúda que falava inglês, talvez fosse por causa da MTV, e o mais arrepiante foi.... reparar que não há mapas espalhados pela cidade.
Basicamente, andei às voltas para encontrar o hostel, apesar das indicações do senhor.















No último dia, assisti a um casamento, ia só visitar a igreja, depois tive curiosidade em ver se respeitava a ordem de trabalhos de um casamento típico português.
E lá apareceu o Bus.
Para mim bastou. Agora só mesmo na companhia de alguém que fale polaco e português, ou alemão ou espanhol.... qualquer coisa que se perceba!

22.6.09

Black and White

Todo o ser humano lida com luzes brancas e luzes negras.
As luzes brancas iluminam e causam alegria;
As negras passam, fazem arrepiar e por vezes causam apreensão.
Roubam a boa energia que nos alimenta o quotidiano.
Se eu fosse a madre de todas as cousas,
Eliminaria alguns alvos,
Ou melhor,
Iluminaria esses alvos,
Lavando-os com lixívia,
Ou simplesmente trocando a lâmpada.

Mesmo que não queiramos,
Essa negritude incomoda-nos e até nos provoca o medo.

















E, sabendo que não há escadote que nos leve ao casquilho,
Ou lixívia que coma as nódoas,
Basta aprender a viver no escuro.

Na negritude formada pela sombra do prédio vizinho.



21.6.09

Fashion



A Queda do Muro de Berlim já não é um momento de felicidade pela reunificação da Alemanha;
Já se trata de um evento que tornou o turismo lucrativo nesta cidade tão tolerante e tão multicultural.
Apesar disso, achei estas fotos engraçadas, optei por publicar os meus favoritos.
Talvez dessem um bom fato de noiva!










15.6.09

Lieber krank melden, als nachmittags arbeiten.
Não concordo. Isto é o ponto de vista alemão.


*Mais vale avisar que está doente, do que ir trabalhar tarde.

27.5.09

A Timidez rouba-nos a vida


Antes tava na minha bolha, depois rebentei-a e fiquei como em carne viva...agora que as feridas oxigenaram estão a tornar-se pele outra vez.

Esta frase tocou-me bastante. A timidez rouba-nos anos de vida, momentos que podiam ter sido vividos e há casos de bolhas que nunca chegam a rebentar.

O meu avô era tímido. Eu sabia-o pelas vezes que parava a brincadeira comigo no pátio da frente sempre que um carro passava.

Sei-o pelas vezes que ele devia ter desabafado e não e fez. E, ao não fazê-lo, perdeu anos de qualidade de vida, fugiu antes de eu o ter conhecido bem. Guardava tudo para si próprio.

Gostava de poder falar com ele agora, que sou adulta. Sei que seria totalmente diferente. Foi uma perda enorme, há anos atrás, mas que ainda se reflecte em mim...

Já não choro até me doer a cabeça, mas tenho pena de ter perdido um ser maravilhoso, com tanta coisa para me ensinar.

Adoro-te.

23.5.09

Taurus Translator*


The Taurean’s characteristics of solidity, practicality and extreme hold them in good stead in the professional world. They serve to ensure that any project a Taurean translator undertakes is completed with complete focus and in time.

Taureans are keen-witted and practical, but are apt to become fixed in their opinions preferring to follow accepted and reliable patterns of experience. As a result, a translator born under this star sign will occasionally sacrifice the experimentation and new approaches required in the world of translation, since they prefer maintaining status quo in all aspects of their lives. This will reflect in the usage of set and accepted terminology, rather than newer more contemporary expression, even in cases where a difference in tonality is required.

In their work, Taurean translators are industrious and are not afraid of hard work and long hours. They are reliable, methodical and ambitious, within a framework of obedience to superiors. This is both a positive and a negative quality. While the quality of a Taurean translators work will be very high, in cases where they work for an agency of translators, it is limited by the fact that they need someone to guide and lead the project for them.

They function best in regular positions of responsibility, where there is no urgency and very little risk of change. However, Taurean translators are creative and excel at enterprises where the rewards of their productivity arise from their own hard work and not those of others. This particular characteristic works in favour of translators who deal directly with the clients, rather than through a mediator or agency.

On rare occasions a Taurean may be obstinately and exasperatingly self-righteous, unoriginal, rigid and argumentative. They may refuse to see an alternate point of view or may be resentful of suggestions to tweak their translated projects in order to make them more consumer friendly. The majority of Taureans are not this extreme though.

* From here.


17.4.09

New home, new life


So, I am moving out. This place in which I've been living is becoming empty. I was enjoying this the location, but I am starting to feel something bad about it. It's becoming hell to, because of 2 guys: my flat-mate and a crazy snail, who is living with us since March. He does nothing but play video games, eat and not clean. The opposite, instead.
So I am moving out, I found a nice place in the neighborhood. So my boyfriend and I, we're going to move our stuff tomorrow.
It's a new life :)

2.4.09

I would like to create a Film Group in Lisbon


It's true.
When I was in Berlin, 2 years ago, I met a group, who showed me the Cinema world.
Not the Hollywood one, or the very nice ones, about the greatest stories of the humanity.
It was about simple things in our lives, funny stuff, things that could happen.
I met Victoria Chan, too. A sweet concerned girl, who is from Canada, from the french part of Canada and her parents are from China.
She showed me that Cinema can be used for political and social issues. I mean, documentary films.
This creative girl took me to discussion evenings with German people too and opened further my mind.
Since that time, I am always having ideas, I mix photo and film ideas and I can't develop them. I don't want fun stuff like "Contemporâneos" or "Gato Fedorento". I mean ideas of make noticeable the different parts of Lisbon, literature and some social Problems. In english or german or both.
Research, lern and have fun.
I can do the translation stuff :)

3.3.09

Muro de Berlim

O Muro de Berlim sem Reconstrução

Berlim – A discussão em torno do que sobra do Muro de Berlim já foi decidida. Após a decisão da Fundação do Muro de Berlim, a fenda de 19 metros de comprimento, numa parte do Muro de mais de 200 metros, não será colmatada com pedaços originais. Em vez disso, a fenda deverá ser preenchida com barras de aço e assim relembrar o percurso do Muro de uma forma artística.

A decisão do conselho da fundação foi tomada por unanimidade, comunicou a fundação na terça-feira. O Ministro da Cultura Bernd Neumann (CDU) esclareceu que a decisão é um ajuste de contas com a comunidade evangelista Sofia, cujo cemitério foi cruzado pelo Muro.

Ensaio sobre a Cegueira, O Leitor e 1995

Dois livros que li, dois filmes a que assisti.

Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago, 1995

Li-o em 2004, a seguir ao exame de código, que me roubou grande parte do meu tempo e concentração. Foi para comemorar. Foi um verão em que trabalhei como recepcionista numa residencial e quase rezava para que não aparecesse nenhum hóspede, daqueles que só vão "tomar banho" com a senhora, nem nenhuma chamada.
O livro já o tinha há algum tempo. Como muitos livros que tenho, compro-os em alturas de oportunidade, e leio-os anos depois, quando o interesse assim o proprorciona.
Como todos os livros em comparação às suas adaptações cinematográficas, é mais profundo, mais denso, e a escrita de Saramago assim o realça.
Fiquei completamente apanhada pelo livro, só descansei depois do último ponto final. A condição humana levada ao seu mais profundo desprezo e imundíce. A excepcionalidade da mulher do médico, que vê e que descreve tudo o que vê, ajudando-o nas suas mais pequenas tarefas. As personagens não têm nome e não teriam rosto, se não houvesse filme.
O filme está bem feito. A adaptação está boa, apesar das muitas críticas que ouvi. Penso que as imagens, pequenos e grandes planos... Misturas de luz...
Gostei bastante.

O Leitor, Bernhard Schlink, 1995

Espelha as problemáticas que surgiram nas duas décadas a seguir ao final da Segunda Grande Guerra. Assisti na Alemanha a seminários sobre o tema e tem muito por dizer ainda. Há ainda a preocupação do governo Alemão em assinalar de forma simbólica os aniversários do final da Guerra, o dia dedicado ao Holocausto, para que a opinião internacional não se lembre de acusar: "Hei, eles estão a ignorar o passado! Não se podem esquecer, senão volta a acontecer!". TODOS TÊM ESSA RESPONSABILIDADE, não deixar que coisas parecidas aconteçam.
Adiante.
Eu adorei o livro, li-o com a Dr. Anne Nicklich, nas aulas de alemão, no original e apaixonei-me. A história é simplesmente genial. Engloba o amor erótico entre uma mulher mais velha e um rapaz de 15 anos. Logo aí, prende o leitor e vende bem. E alia o passado sinistro de uma mulher que trabalhou para as SS, deixou morrer mulheres num incêndio e acarretou com a culpa sozinha, porque não quis dizer: não sei ler, não sei escrever.
E mais.
Como estudante de direito que é, Michael Berg assiste ao seu julgamento, sem a trair, e sem a salvar também, de uma pena tão pesada. Sem denunciar a relação deles. E com ele, ela aprende a ler, para sua felicidade.
O filme está bem adaptado. Tive pena da cena do cinto não ter sido contemplada. Quando fazem a viagem de bicicleta, Michael fica num hotel com Hanna. Pela manhã, ele acorda mais cedo e deixa-lhe um bilhete, ia fazer algo à rua e ja voltava. Ela ofendeu-se, porque não sabia ler e assim que o vê, bate-lhe com o cinto. É desconcertante.
Outra falha do filme: é demasiado explícito desde o início que ela é analfabeta. No livro, isso é subtil e revela-se mais tarde.
Gostei de ver dois actores alemães a interpretar o seu papel em inglês. Achei positivo, afinal, eles merecem estar num filme, cuja língua original do texto é a sua.

Reconheço que ambos os filmes se difundem melhor em inglês, mas prefiro na língua original. As legendas servem para isso mesmo: para suprir as nossas falhas de interpretação da língua.

27.2.09

explicar ontem

As lágrimas que me saem são resultado da ausência das minhas letras.
São um escape ao desabafo que fazia por meio de folhas de rascunho a meio de uma leitura qualquer.
São o resultado deste músculo mole que pulsa o sangue vital e que esconde os sentimentos.
Não são lágrimas de tristeza, não. São lágrimas de desabafo. Tal como quem diz asneiras o dia todo, ou grita com o primeiro que lhe aparece. Outros até batem, conforme as oportunidades.
É deitar o lixo fora, das frustrações, dos nervos, e do nada em si.
São o resultado de ter e nao ter tempo.
Da correria que é entrar no mundo do trabalho. E ganhar para comer, vestir e pagar a renda. Tal como todos os outros.
De não se perder em leituras e caminhadas pela cidade.
É a vida de adulto.
Não é mau de tudo. Perde-se algumas coisas, ganham-se outras. Independência plena. O Amor. A companhia divertida da cara-metade.
Sorriso.

30.1.09

Também posso falar da crise?

(Rascunho perdido no fundo de outra gaveta)

Uma certa repugnância nasce no meu ser. Sentimento difícil de aceitar, de digerir. Adoro e detesto o meu país. Detesto as pessoas, o sistema, mas amo a cultura, a literatura, a língua e a paisagem.
A mentalidade é uma coisa morta, não desperta para a vida. Não percebo o que se passa. Onde está a questão económica, tanto ambiental como monetária? Está oculta com o brilho das estrelas bordadas a peeling e a make up.
Sonham com viagens penduradas em créditos que nos embarcam em baldes de poço e nos levam cada vez mais ao fundo.
O trabalho é um vírus do qual todos tentam fugir. A preguiça cresce diante de um plasma novinho em folha e a cheirar a tecnologia de ponta cara.
É Inverno, é tempo de reflectir e tempo de recessão.

11.1.09

De Istambul a Cacilhas


Numa manhã fria de sábado não acreditei que não tinha sono.

Acreditaria se nevasse, mas estar sem sono tão cedo era impensável.

Nisto, após saltar de pensamento em pensamento, rindo e chorando,

Acordei-te.

Trocámos as habituais palavras matinais,

Decidimos levantar-nos, comer e sair bem artilhados de roupa invernal.

E óculos escuros, porque estava um sol brilhante, que acariciava a geada.

Partimos para a Estrela, e depois de ver patos e crianças nos baloiços, procurámos o Mel das Arábias, para bebermos um chá quente cheio de aromas fortes, deliciar-nos com doces turcos cheios de mel.

Ao seguir os trilhos do 28, acabámos a contemplar o Adamastor e a questionar como seria atravessar o Tejo e almoçar em Cacilhas... E Fomos questioná-lo directamente, acabando por regressar pelas 16h, pois já não aguentávamos o frio e gelo anormais da praia lusitana.

Sábados como este...