22.11.07

Minha Querida,

És Flashes.

Fecho os olhos e assim me apareces a centímetros de distância a fervilhar.

Apareces no teu Esplendor livre e espontâneo.

Mostras tudo o que eu desejo ver, mostras as caras dos meus queridos.

Quase que poderia dizer que és cruel.


Ainda me pergunto se foi sorte ou azar ter vindo.

É um não saber, um ignorar total.

Não estou descontente com a vida que tenho, mas fico descontente com certas infantilidades desta cidade.

Talvez o meu erro é não explorar o meio onde estou.
E Desejar o meio em que tive.


28.10.07

As Horas

Orrivelmente toca um Relógio dentro deste espaco que é meu.Toca e como se não fosse ouvido volta a tocar.Algo que incomoda, não por existir, mas por lembrar que existe.
Esse sussurro, este ressoar pelas paredes irrita mais do que simples borrachas cheias de ar sobre uma estrutura pobre.
Se este relógio é assim tao intelligente e se sabe interpretar as Horas, vai perceber este lamento.
Nada me faz acreditar que o seu toque diferente me enganou nas horas em que quis acordar.
Durante toda a noite, onde eu sonhei e ri, acreditei que ia acordar a Tempo e Horas, para seguir o meu percurso quotidiano.Ninguém quer fazer o seu percurso quotidiano de sempre, planeado desde sempre. Toda a gente quer sentir-se acompanhado nas Horas de sono e sonho. Foi o que eu quis. E nisso acreditei: sonhar um Sonho diferente, daqueles que nos fazem suspirar a toda a Hora.Por vezes pensei abrir os olhos, principalmente quando o sonho me sufocava e não seguia o caminho que eu esperava. Mas eis que a mão com que eu sonhava tocava-me em jeitos de realidade e me acalmava. E conseguia? Sim, em Nome dos melhores e maiores sonhos.Em Nome do meu Sonho, em nome de sonos acompanhados, acalmava-me.
Até ao dia que deixa de me acalmar. Desaparece. Não se mostra interessada em acalmar-me. A Realidade física do Sono transfigurou-se.
Mudam-se as regras, Muda o jogo.E o Relógio de súbito volta a tocar-me. Aquela mão de pedra toca-me, sem deixar transparecer o quão fria é. Apenas toca, timidamente. Como toca o telemóvel num momento inoportuno.Voltei a acalmar-me e a esperar algo do Relógio. Sim, Ele acordou-me. Bateu-me de tal forma forte que acordei de todo o sono que se instalara. E Decidi nunca mais adormecer.
Decidi Acordar e não confiar nos instintos estranhos que envolvem a espécie Humana que ainda acredita no Sonho como forma de mediar.O Relógio não existe, as horas são algo inventado pelo o Homem para regular esta sociedade.
Acordei e senti-me enganada. Afinal pensava que era de manhã, e ainda era de noite.

1.10.07

Perfume

Sim.
Revolta descontente que faz chover a cada momento.
Chove, levantam-se ventos.
Dentro de uma caixa de perfume...
Seria melhor não haver motivos para tanto reboliço,
Mas a caixinha de perfume
cai e volta a cair do sítio onde Sente.
Perdão: do sítio onde assenta.
Insanidade descontente.
Ainda não acalmou a fragância,
Já está a caixinha de novo a cair...
Com saudades das antigas andanças.
Um dia a fragância estagna, perde o seu sentido
E morre...
Não falta muito.

18.9.07

Rascunhos

O que para mim são pedras e espinhos, são o silêncio normal de fim de Verão.
É o silêncio de quem não se expressa nos devidos momentos.
Que pensa que um Dado adquirido é um Dado adquirido e não um Dado que rebola para o chão e faz terminar um Jogo.
Esse ruído é ensurdecedor.
Magoa todos os sentidos dispertos pelo fim de Verão. Pelo fim de um tempo de obstáculos, mas de luta.
Magoa cada músculo do órgão culpado pelo Sentir.
Tira-lhes as forças e desacredita tudo em volta.
Mata pelas ferroadas de Veneno seco que injecta.
Como a trovoada nova da vindima.
Esse veneno seco é castrador.
Tira-me a fala, tira-me o bom senso, tira-me a tranquilidade. e a Qualquer, mas a qualquer Momento tira-me o Amor Próprio.
Pedras falantes.
Se não me flagelassem pelo silêncio seriam doces morangos fora de época.
Mas magoam.
Não posso chorar por pedras. Pois elas não choram por mim.

9.9.07

Apaixonada por ti

Como consegues estar ausente?
Como é que me abandonas, agora que te amava?

Ausentas-te, mas deixas marcas, marcas profundas.
Penso em ti em cada Momento,
Penso como era eu Feliz e agora terei que aprender tudo de novo.
Tenho que aprender a amar-me sem ti.
Sem te poder tocar, sem te poder olhar...
Acordar sem ti.
Acordo sem ti e tu não te incomodas,

pois não sentes a minha falta.

Eu é que sou um ser vivo que te ama.
Tu não amas, és pedra sobre pedra.
És descomunal,
Enorme,
Englobas todos os feitios e formas.

Provocas-me. A tua lembrança traz-me revolta.
Um dia voltarás... Terás de voltar.
Nesse dia estarei de novo a pisar o teu chão.
E tu não te recusarás.
Amo-te, Berlin.

2.4.07

Bocado antigo já esquecido

O metro chega e sem hesitar ela entra. Já vai na página 117 do "Siddhartha" de Hermann Hesse e quer acabá-lo nesse mesmo dia.
No meio da multidão desta grande cidade, as letras e o fumo do cigarro são a sua única companhia. Escrever então é como falar com outras pessoas. E nada mais é necessário.
Outrora fora muito extrovertida e simpática, mas tantos foram os oportunistas que se aproveitaram da sua ingenuidade, que um dia o cordão da comunicação rebentou..
Na Alemanha é comum o dia começar ao som de papel de jornal manuseado. Todos se preocupam com o Mundo, notícias, eventos, opiniões estapandos no jornal: Berliner Zeitung, Berliner Morgenpost...Porém a parte da tarde já não é marcada por caras estragadas pela noite+café+jornal, mas caras satisfeitas, acordadas e absorvidas na leitura de um livro de bolso que mal cabe na mala. É esta a realidade do tempo morto aproveitado no metro, comboio, autocarro e paragens. Gente que entra e sai, que se senta à sua frente, usando uma mochila de estudante, seja lá o seu estatuto, profissão e idade. Gente que não liga a transportes individuais a motor. Apenas bicicletas e transportes públicos. Aqui e acolá uns patins em linha.
"Um bom tema para um conto" pensa ela. Sim, ela, a persongem!
"Nächste Station: Potsdamer Platz". Depois de descer, ouve-se ja longe :"Einsteigen Bitte!...Zurück bleiben Bitte!" Passando pelo Sony Center, que à noite está lindamente iluminado, Vera procura o caminho mais rápido para a Biblioteca onde trabalha. Lá à secretária é possível observar o rodopiar das folhas outonais do lado de fora.
As suas tarefas são múltiplas, mas o contacto com o público é mínimo, apenas em caso de emergência. Vera é procurada raras vezes, pois o funcionamento da biblioteca é estupendamente organizado, sendo dispensável qualquer ajuda de funcionário. De vez em quando lá aparece um estrangeiro que é novo na cidade e não entende muito bem o alemão ou um idoso que recusa perceber o uso do sistema informático. Fora estas situações, aquele é o seu lugar de eleição. Entre livros de todas as idades, temas, feitios e materiais, um computador onde pode ler o jornal online (poupando o papel e a Natureza), ver os raros e-mails recebidos e procurar alguma informação para juntar às suas histórias e romances.
Escrever é necessariamente uma forma de expressão. Não para um dia as publicar, mas para nelas viver imaginariamente. À noite quando se deita e o cansaço não é suficiente para adormecer, a sua mente expande-se em vales imaginários, cheios de plantas e silenciosos, onde caminha a par e passo com outras espécies... Por vezes questiona-se porque é que continua viver na cidade. Não sabe. Talvez por comodismo. Nas cidades grandes é possível estar acompanhado e sentir-se só. Basta cortar os cabos da comunicação, não esboçar sorrisos, falar quando é necessário. E escrever; porque se é Humano e um dos defeitos inerentes é ser comunicativo.
-"Talvez deva comprar também um pin como aquela Punk que vi a semana passada!". Tratava-se da frase I hate People.

1.4.07

Die Liebe ist ein freie Geist*


Ich bin verliebt.

Einfach so.

Mein Herz ist voll, ich liebe mein Leben, meine neue Stadt, meine Familie, meine Freunde, mein Zimmer, mein Job, meine Freiheit.

Alle Leute fragen, ob ich Spanierin oder Italienarin bin, ich bin eine Ausnahme.

Ich denke, dass ich jetzt eine echte Berlinerin aus Kreuzberg bin. Mit Fahrrad, mit Notitzbuch, im GölitzerPark...

Ich möchte hier bleiben.


I am in Love with...


[*an alle Ladies, Ohrbooten, eine Berliner Ska-Reggae-Band]

23.3.07

Facadas

Facadas.
Todos os dias facadas.
Nos meus passos curiosos e distraídos pela rua recebo bruscamente facadas;
Umas mais pequenas, Outras mais sem importância.
E Aquelas que não esperamos.
Ui!
Nesta vida talvez feito apenas mal a uma única pessoa;
O Resto tenho-o resolvido.
Será o reflexo redobrado?
Tento resolver, afinal, a consciência pesa sempre.
Não sei se foi dessa vez, Não sei se foi pela minha surdez...

Hoje em dia ja se recebem facadas pelo Telemóvel, facadas pelo Msn...
As facadas tornaram-se tecnológicas
Tornam-se impulsos eléctricos que nos entram pelos Olhos
Sobem até ao Cérebro e logo se espalha por todo o Corpo
Mas incide com maior Força
Onde a paixão pela Vida pulsa.

Facadas.
You make me Sad, You make me strong, You make me mad...

22.3.07

"Onde os repuxos do Tanque cuspiam lagrymas de Vidro."
[Almada Negreiros]

21.3.07

Olhar um pouco mais além... Mesmo aqui.

Sempre desentendimentos e lamentações. Coisas que se ficam por dizer, pelo medo da Intolerância. Quantos dedos ficam petrificados pelo medo do Esmagamento. Porque os que conseguiram um pouco de Poder ou sentem superioridade, esmagam a todo o momento quem percorre mais caminhos, muitos deles mais tortuosos até para chegarem a um Fim. Não o Fim de Morte, mas um Fim de objectivo realizado.
Sempre esta relação Fraco-Poderoso. Os ricos apontam o dedo sem tocar nos pobres, o Homem como ser masculino lança a mão, por vezes até com mais artifícios, para deter a Mulher e mantê-la em cativeiro, em Regime de Pai e Filha, com sexo pelo meio. Se fugir a essa Ordem, não é boa mãe para os meus filhos, não será boa companheira. Os que têm sucesso não se calam que se mexeram, que suaram, que foi obra exprimida da sua mais pura essência e dedicação. Depois fecham-se no seu Mundo e não notam que o Mundo não precisa de individualismos, mas sim de comunidade, de serviço civil, de preocupação pelo outro. Não porque Jesus nos mandou, mas porque somos Humanos, não somos animais indiferentes ao que se passa em outros habitates.
Vivemos num Capitalismo que rege as ânsias do natural ambicioso Ser Humano. Que se acomoda aos prazeres, aos luxos. E ninguém ou, para não ser injusta, quase ninguém se preocupa com o Bem Comum que é o Planeta, certos conflitos originados pela estupidez, mas que apesar disso estão lá e fazem sofrer. Estamos demasiado preocupados com dinheiro para nos virarmos para esses lados. E lá vamos sustentando as ambições dos mais poderosos, pois fechamos os olhos aos crimes ecológicos, às violações dos Direitos Humanos, etc, etc.
O Direito de expressão livre está aí, mas os direitos Humanos não são respeitados, tal como o direito ao Trabalho digno e o direito à Liberdade da Mulher, que continua escrava também do Paterfamilias, seja ele marido ou pai.

Igualdade e Solidariedade, Tolerância pelo Multiculturalismo.

Cego é aquele que não quer ver.

18.3.07

"Momentos de fraqueza na vida qualquer um de nós poderá ter e, se hoje passámos sem eles, Tenhamo-los por certos amanha."
[José Saramago em "As Intermitências da Morte"]

15.3.07

Instruir-se

Gostar de Ver
De Observar
De Olhar,
Conversar,
Ouvir
Sentir,
Aprender,
Ler.

Apenas isto:
Deixar sorver tudo.
Não ser surdo nem Mudo...

Velocidade Metálica do Branco

Num comboio de Ontem
Um Vulto me perseguiu.
Entre visões tremidas
Vi porém tuas feições bem definidas,
Mas a oportunidade me fugiu.

Neste comboio branco
Por entre paisagens Verdes,
Vi o Sebastião!
Sim, era ele
Mas não era o mesmo, não:
Sofrido,
Atado a cordas eléctricas,
E ao correr pelo vagão,
Me gritou
Basta! Para mim bastou.
Acabou!

Por entre a Velocidade
E aquela comodidade
Tocava nas cordas eléctricas.
E fugiu.
Um assombro de medo ao seu rosto lhe subiu.
A minha corrida resistiu.
Porém entre o Tejo e o Douro
Afastei o Agouro
Porque este Anel de Ouro
Não foi entregue ao rio.

Esta Velocidade trará a Felicidade
Vai cumprir a missão.
Seja ela qual seja,
Não desisto, não!

14.3.07

kömisches Gefühl und Angst

O Cheiro da Morte
Confunde-se com o cheiro da Primavera.
Os sorrisos desprendidos e sonoros
Confundem-se com as lágrimas destes olhos.
Ai, será esta a minha Sorte?

Prever sempre me suavizou o Destino.
Pressentir também.
Mas acreditar com todas as forças já me enganou
Sim, esse enganar até ao Desatino.

Imagino-me só,
Sem o sorriso do Novos
Sem os conselhos dos Anciãos
E Choro.

A Alegria de um Momento
Pode ser a Angústia para toda a Vida.
Coração apertado e apartado...
E todo este apartamento
Este correr pelo Desejo
Pode significar a Solidão eterna.

Espero pelo dia em que chegarás
São e salvo a mim, Anjo.
Trarás as minhas maiores alegrias!!!
Mas temo que, ao recusares-te a trazê-las,
Me dites a Morte do meu Espírito;
Me dites a dor desta queda;
Me proíbas de entrar em minha própria casa.

Nesse dia de Solidão
Vou fechar este coração
Irá ser também enterrado
E bem ali ao lado
Meu corpo esperará
Pelo dia que apodrecerá.

Citar...

Einsamkeit zeitigt das Originale, das gewagt und befremdend Schöne, das Gedicht. Einsamkeit zeitigt aber auch das Verkehrte, das Unverhältnismäßige, das Absurde und Unerlaubte.

[Thomas Mann in "der Tod in Venedig"]

A solidao é propícia ao original, ao estranhamento, à ousadia do Belo, à Poesia. Mas gera também o perverso, o mosntruoso, o absurdo e o ilícito. [Traducao por Isabel Castro e Silva]

10.3.07

Sonhos com Sabor a Realidade

Sonhos com sabor a Realidade
Tudo com tal intensidade
Que me suscita a Felicidade
Ao escrever estas Palavras
Sinto até Comocao
Sim, esse tipo de Aperto,
Exacto, no Coracao.
Era a tal Personagem
Que ora está no centro,
Ora está à margem,
Desta confusao,
Desta emocao.
Esquecer nao consigo
Aqueles lábios que se renderam
Que tantas vezes em mim se perderam
Que tantas vezes estavam comigo.
Erros
Esses que me desviaram
Que me desacreditaram.
Só isso.
Entretanto sonho e ignoro
E por lá vai também ignorancia
Desta minha constância
De como aqui moro.
Pergunto-me sem resposta
Quando esquecerei tal personagem
Que fora do palco já
Fica nos bastidores
E aparece e provoca dores
Lindo Sonho se sonhou
Que assim me deixou
Depois da Descoberta
Que nao foi mais mesmo apenas
Que um Sonho, o que se passou.

6.3.07

Spazieren am Kanal

Água.
Que por mais escura do Inverno
Sempre acalma, sempre tranquila.
És tu, Água,
Sempre leve e lisa,
Que me recordas a sede da minha mágoa.
Tu que, tanto em demasia
Ou em Maré vazia,
te tornas num Inferno...

Porém tens o dom da Vida.
No ventre de minha mae
Em ti fui envolvida;
Na minha infância
Foste a mais preciosa brincadeira
E fonte de Respeito.

Porque existes sou um ser satisfeito.

Basta-me um rio
Um canal
Para me recordar de ti
No meu Portugal.

5.3.07

...Correr...

Dúvidas...
Pairam em torno da minha cabeca
Como planetas.

E se... E se...
Correr atrás sem ter nocao do resultado.
Pensar que pode trazer um espírito magoado
Desmoralizado...
É o preco a pagar pela Felicidade.
Alcancar objectivos tem imposto.
Sempre teve.
Mas quem corre por gosto...!!!
Sentir que a tentativa depois do fracasso
Nos traz embaraco,
Porém sem tentativa, sem iniciativa
Nao há verdadeira vida.
Hoje sonhei com uma estrada cheia de obstáculos...
E eu nao temi:
Corri.

2.3.07

Nada mais que a Verdade

A sociedade obriga-nos a esquecer certos desejos e vontades. Apontam-nos o dedo ou com uma palmada nas costas dizem:


Esquece, é impossível.

E há apenas duas hipóteses: Concordar; Refutar.

Nas mäos de cada um...

Platäo. Ouvi-te muitas vezes. Talvez tivesses sempre razäo, mas apenas talvez.
Talvez esteja na hora de näo ouvir mais, apesar de nao estar ilúcido. Talvez a palavra arriscar se venha a integrar mais no meu leque de accöes.
Näo há vidas estruturadas.
Por mais que se planeie, há sempre erros de cálculo.
O meu percurso está cheio deles: Uns muito felizes, outros nem por isso.
Mas tudo nao serve mais que para... Aprender.
Quem se atreve a contestar?

27.2.07

Dunkel in Berlin, hell in Hertz.


Es war schon halb sechs morgens. Ich war total hungrig und dachte, es könnte eine gute Idee sein, wenn ich etwas draußer essen könnte. Ich habe mich geduscht und dann bin ich raus gegangen.
Es regnete... Ich wusste, es war kalt. Aber trotzdem bin ich raus gegangen und es war gut. Ich habe mit dem Verkäufer geredet, sogar unterhaltet.

-Das Leben hier in Berlin ist hart.- Hat er gesagt.
-Ich weiß es. Aber ich mag größere Städten und in Lissabon fühle ich mich nicht so sicher. Lissabon ist gefährlich. Hier ist es noch nicht oder nicht mehr.
Aber hier ist es daselbe. Du bist mit mir, jeden Tag, jeden Minute. Eben wenn du nicht wach bist.

Ich habe immer noch Durst. Und ich will Wasser.
Ich kann noch ein paar Jahre genauso leben. Ich brauche nur dich fühlen. Sogar wenn du so weitweg bist. Oder ich.
Kein Problem, du bist immer noch da und ich freue mich darauf.
Wasser, du sollst nicht warten. Trotzdem ich finde dich.

26.2.07

Nunca me Ouviste


Quantas vezes quis dividir contigo... O meu Mundo.

Segurei em alguns sorrisos e lágrimas para te mostrar.

Segurei as minhas conquistas,

Continuei a preservar as perguntas que queria fazer-te.

Algumas já aconteceram.

Outras ficaräo para outros Momentos:

Para mais tarde;

Para o Momento certo...


Vejo-me. Claramente vejo-me a olhar bem nesses olhos.

Em qualquer espaco espacial e temporal sossegado.

Só exijo claridade.

Sol, Calor.

I won't give up to know.

10.2.07

Pedra que és doenca...


Tu és uma pedra no meu sapatto.
Incomoda, Mas após um gesto qualquer, deixas de incomodar.
Ficas quieto no mais ínfimo lugar.

No meu caminho viro-me por vezes
Mudo a certeza do meu andar.
Reconheco noutro rosto
Que ainda estás por aqui.
Porque me magoas.
Porque ao confudir-te no meio da multidäo
Sei que ainda estás no meu .... .

As calcadas da vida reflectem o louro do teu cabelo.
Sim, Pedra. És pedra, porque nem sentes o que sinto por ti.
Nem deves sonhar.
Eu sonho, mas ignoro.
Que importa?
Darei importäncia a uma utopia? A uma doenca que nao me matará? Uma injeccao de insulina é o que basta para apaziguar os teus efeitos. As dores que me provocas.

O que é a insulina? Tudo o que nao tenha a ver contigo.
Uma cidade cheia de maneiras de me entreter. De esquecer preconceitos. De reencontrar um caminho.
O meu caminho pára muitas vezes. Pára sempre à noite, quando me assombras os pensamentos. E eu fico a pensar se o meu Orgulho ainda vai durar muito. Se esta corrida me vai fazer esquecer-te, de ti...
Nao sei. talvez tenha sorte no jogo, porque no ROMA nem por isso.
Mas a dúvida permanece... Deixar-te falar ou ...continuar a tentar matar o que é imortal...

9.1.07

Beijar as Origens


Se me sentia frágil e coracäo cinzento
Hoje, e nos últimos dias, vejo tudo... Colorido!
Näo que tivesse visto o Pássaro verde,
Como qualquer um poderia ter dito;
Mas porque revi caras
Revi a cor do meu Mar...

Absorvi energias nas prateleiras do meu quarto,
Sorvi livros de uma só vez
Admirei cada palavra na minha língua
Brinquei com a luz dos meus olhos,
Ri com aqueles que melhor me conhecem
Transmiti aquilo que vira,
Que vivera.

E voltei... Apesar do Inverno feio
Vejo tudo brilhante
A chuva näo molha, o frio näo passa,
A fome saciou-se.
Compreendo agora o que 'raízes' querem dizer.
Revigorante...